Qual a primeira coisa que você lembra quando ouve “Nicarágua”? Guerra, fome, violência? Creio que para a maioria das pessoas, sim, infelizmente. A América Central, talvez, seja a mais complicada e desconhecida das Américas. Composta por sete países: a citada Nicarágua, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, El Salvador e Belice, países com belezas naturais exuberantes, praias paradisíacas, mas governados por políticos inescrupulosos, muitas vezes, com falta de democracia e liberdade; também há guerrilhas e guerras civis. Ramirez foi vice- presidente da Nicarágua e lutou contra a ditadura no seu país. É um tema muito amplo e complicado, voltemos ao literário.
O escritor e político Sergio Ramirez (Masaya, 05/08/1942), ganhou ontem o prêmio Cervantes na Espanha, considerado o Nobel das letras hispanas, é um prêmio muito importante (125 mil euros, além do prestígio) e Ramirez foi o primeiro escritor, não só do seu país, mas da América Central a ganhar o Cervantes.

Ramirez é prosista e tem uma obra prolixa, veja aqui a sua bibliografia completa. O jurado considerou que o autor tem a capacidade de “transformar a realidade em obra- de- arte”.


Seu último livro, “Ya nadie llora por mí” (“Já ninguém chora por mim”) foi lançado o mês passado. Mais um autor para a lista!