O escritor mineiro Bernardo Guimarães (1825- 1884), quase foi genro do seu sobrinho, o poeta Alphonsus Guimarães (1870-1921). Bernardo casou- se tarde, aos quarenta e dois anos e teve oito filhos. A filha Contança morreu com dezessete por causa de uma tuberculose. Ela era noiva do poeta Alphonsus Guimarães, seu primo. Alphonsus era filho da irmã de Bernardo. Compreendeu? Talvez você tenha que ler outra vez 🙂
Acima, retrato de Alphonsus Guimarães feito por M.J. Garnier, de escritores nascidos entre 1870 e 1872. Veja o fac- símile, na Fundação Biblioteca Nacional. Há outros trinta e nove retratos, a maioria eu não conheço e fiquei com vontade de conhecer. Só há quatro mulheres , Ibrantina Cardona, Amelia Alves, Elvira Gama e Julia Cortines. É uma pena não saber mais detalhes sobre esse livro, se os escritores posaram para o desenhista. Creio que os retratos devem ser bem fidedignos, já que foi publicado em 1920 (Alphonsus morreu em 1921). Nesse anno de 1920, “ano” escrevia- se com dois enês. Outro detalhe: vejo em muitos sites e livros a grafia de “Guimarães” escrita “Guimaraens”, o que não confere com esse livro contemporâneo do autor.
Voltando ao caso ABL. No site dos imortais, cita o verso que o poeta apaixonado, Alphonsus, dedicou à namorada falecida: “se morreu fulgente e fria”. Veja o poema na íntegra:
Hão de chorar por ela os cinamomos
As estrelas dirão — “Ai! nada somos,
A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Os meus sonhos de amor serão defuntos…
Thanks for sharing. ❤
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