Será que dá tempo para ler tudo o que queremos?
Não, não dá. Seria necessário duas ou três vidas para ler tantas coisas, boas e más; tantas descobertas, principalmente aquelas que nos deixam com a sensação de ser uma formiga, “nada sei”. Depois de tantas horas de dedicação à leitura, tanto dinheiro investido e tantas horas de busca e pesquisa, sem esperar nada em troca, por quê então não desistimos?
Uma coisa é certa para quem se dedica ao mundo das Letras: quase nunca você vai ser recompensado financeiramente à altura do seu esforço; a não ser que escreva um best- seller ou um tratado científico de suma importância. Esforço, dedicação, trabalho, talento, família e amigos influentes ajudam, mas existe uma coisa que não controlamos: a sorte. Este elemento tao impalpável e injusto às vezes. Para alguns ela chega rápido e muda tudo; para alguns, ela nunca vem, nunca virá, e se chegar, não se reconhece, escapa, ou chega tarde demais. A sorte não enxerga merecimentos, é tao aleatória como uma roleta- russa, que atira no que passar ocasionalmente. Há quem chame isso de destino.
Eu fico aqui parada olhando a minha biblioteca já grande para o tamanho dos meus olhos, mas não do meu desejo de tentar, de buscar tempo e capacidade para entender tudo isso. Porque a minha função nessa vida é: entender. Embora não saiba bem pra quê. Uma guerra perdida, antes do final.
Enquanto vou pensando inúteis pensamentos, vou criando azuis com Blue, Blues & Azuis:
Bem, o que sei, como diz o filósofo, é que nada sei, mas… o que tenho certeza é que o conhecimento nunca é uma viagem perdida. Conhecer é uma questão de sobrevivência. É se dar sem esperar nada em troca. A vida é curta e o caminho do saber é interminável. Por isso, é preciso aproveitar cada momento. Um dia isso tudo há de servir, no céu, no inferno, em outra vida, nessa… enfim, não se perde nada com isso.
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Sandra, tens razao: conhecimento nunca é demais.
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