Paulo Coelho não pode ser considerado um escritor canônico, pois a linguagem utilizada em seus livros é simples, coloquial demais, carece de tropos, linguagem mais elaborada, mas os temas que aborda são sempre interessantes, tocam na alma das pessoas e isso acaba superando a falta de ingênio literário; assim acontece com “Verônica decide morrer”.
A história começa pesada, triste: Veronika decide morrer e tenta o suicídio com tranquilizantes. Tomou duas caixas e ficou esperando a morte chegar. Quais são os pensamentos de uma pessoa que está provocando a própria morte e sabe que vai morrer depois de uns minutos?
A tentativa falhou. Ela não morreu, mas foi internada num hospício. Antigamente era assim que faziam com os depressivos no Brasil, eram internados como loucos. Com o próprio Paulo Coelho aconteceu isso, só que ele nem deprimido estava, era só um adolescente rebelde. Ele prometeu que ia escrever sobre o tema, mas só depois que os seus pais morressem, pois sentiam muito arrependimento e Paulo não queria vê- los sofrer.
“Veronika decide morrer”, Paulo Coelho, ed. Pergaminho, Portugal.
Achei o teu blog muito interessante, acredita.
Escreves bem e o teu cérebro tem conteúdo.
Força aí! 😉
CurtirCurtido por 1 pessoa